terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Veneza low cost

É a meca do turismo. é também considerada como o top das cidades mais caras... mas não tem de ser assim. Veneza é muito mais que um "centro comercial" a céu aberto onde as pessoas vão consumindo a cidade em visitas de um dia ou por períodos mais alargados, esquecendo-se que indo além das sinaléticas estrategicamente colocadas pela cidade conduzem os turistas às metas mais procuradas, se pode descobrir uma Veneza que vive, que existe, que pulsa e que não tem de nos levar necessariamente à ruína financeira.
Veneza - Praça de São Marcos e Palácio Ducale
 
 
Mas a pergunta mantém-se. Como visitar Veneza sem arruinar a conta bancária?
  1. Quando ir é sem dúvida o maior segredo. Quem quer viver a cidade, observar e sentir, deverá chegar no dia imediatamente a seguir ao Carnaval, altura em que a cidade fica vazia dos turistas e aqueles 2/3 dias até ao fim de semana seguinte são a paz total para visitar a sereníssima, além de que os preços descem muito significativamente. Os meses de Outono são regra geral calmos, havendo apenas a possibilidade de se verificar o fenómeno Acqua Alta, mas não desespere... a experiência será única :-). Os três meses de Verão são de evitar. A cidade é inundada por turistas e os venezianos fogem do calor húmido para os parques alpinos e para a orla Adriática.
  2. Comprar com a maior antecedência possível. O reduzido número de ligações aéreas e a capacidade de processar passageiros do aeroporto de Veneza faz com que o mesmo esteja muito saturado o que faz disparar as tarifas. Contas feitas e como férias não têm horas marcadas, será uma solução voar para Bolonha ou Milão e fazer a  ligação de comboio com tarifas que começam nos 9 euros e vão ver que poderão ficar agradavelmente surpreendidos.
  3. No que respeita ao alojamento, aqui começa mais uma  dor de cabeça. Veneza está dividida em duas... Venezia e Venezia terra ferma, conhecida por Mestre. Os hotéis em Veneza são de um modo geral caros, mas caso opte por ficar em Mestre faça bem as contas, veja bem a localização do hotel, e se o mesmo não ficar junto à estação ferroviária aquilo que poupa em alojamento poderá vir a gastar em deslocações de e para a cidade.
  4. Caso o objetivo da visita seja conhecer o Veneto, aloje-se na cidade apenas o tempo que considere necessário para a visita da mesma, e escolha outra cidade para instalar a base da sua visita e verá que os custos irão descer generosamente.
  5. Compre previamente online os bilhetes dos transportes públicos, e verá que a poupança e significativa. Apesar de Veneza ser uma cidade para ser percorrida a pé. O uso dos Vaporetti é imprescindível seja pela experiência, seja para uma visita às ilhas da laguna, nomeadamente Murano, Burano e Torcello. www.veniceconnected.com Através deste site poderá ainda comprar os bilhetes para os monumentos da cidade entre outros serviços. Faça as contas e verá que compensa evitando também filas de espera.
  6. Não menos importante são as refeições. Também aqui se "fugirmos" dos grande centros de concentração turística, e dos menus turísticos que nos são oferecidos ao longo da Lista di Spagna e em redor da praça de São Marcos, poderemos ficar agradavelmente surpreendidos e sem termos de recorrer ao fast food. Afinal isso é um crime em Itália. Próximo da universidade no Campo Santa Margherita, encontramos uma fila de restaurantes onde se come razoavelmente bem (não se espere grandes luxos) mas a preço justo. Pizzeria ai Sportivi, procurem-na... Não se vão arrepender. Mais próximo da estação em direção a San Marco via Lista di Spagna encontram o Brek, um self service de boa qualidade e onde a escolha é enorme e a qualidade bastante razoável, tendo-se ainda a oportunidade de degustar algumas iguarias regionais, acabadas de fazer. http://www.brek.com/it_IT/ristoranti/veneto/venezia/ristorante-venezia-cannaregio-1.html Para além destas sugestões pela hora do almoço porque não comprar panini e focacce nos tantos "forno" espalhados pela cidade  e ir degustá-los tranquilamente num jardim ou à beira de um canal.
  7. Quando orçamento aperta e temos vontade de nem que seja atravessar o grande canal de Gondola, isso é possível utilizando os Traghetti, que são nada mais que gondolas comunitárias sem luxos e que servem de meio de transporte para atravessar o grande canal em cinco pontos específicos, por dois euros o trajeto.
San Marcuola - Fondaco dei Turchi
Ca’ D’Oro - Pescaria, Riva del carbon
Fondamenta dei Vini, San Tomà - Sant'Angelo
Ca’ Rezzonico - San Samuele
Salute - Campo del Traghetto


Al traghetto

 Onde Comer:

Pizzeria ai Sportivi - Campo s. Margherita - Dorsoduro
Preço médio 10-15 eur com bebidas incluídas.

     
     
    Tratoria all'anfora
    Próximo da estação ferroviária, basta atravessar a ponte degli scalzi e seguir para a Lista dei Bari, no sestrier (bairro) de S. Croce. Aqui encontramos verdadeiras Rodas de carro, e são na minha modesta opinião das melhores pizzas da cidade. Para quem é adepto de saladas frescas, pois este é também o sitio certo. A garantia de produtos frescos é uma enorme segurança. Preço média 17-22 eur.
     
    Antico Forno - Ruga San Giovanni (Ruga Rialto) 970
    A meio caminho entre S Paolo e o Rialto, este é um dos locais populares de paragem. Preços honestos, qualidade garantida e uma escolha quase ilimitada. O difícil mesmo será escolher. Sem dúvida um local a ter em conta quando não queremos gastar fortunas em alimentação. Muito aconselhável ao almoço. Preços a partir de 3.5 eur.
     
     
    Para os alojamentos aconselha-se a consultar os diferentes motores de busca, e até os sites dos próprios hotéis, uma vez que frequentemente existem promoções e ofertas especiais, com reduções e noites grátis.

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